quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Saiba falar e escrever bem a sua língua. Atualmente, o português é a língua oficial em nove países: Portugal, Ilha da Madeira, Arquipélago dos Açores, Brasil, Moçambique, Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.

SUGESTÃO:

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"Pouco vale o melhor estilo sem correção de linguagem. A língua tem uma disciplina que importa respeitar. Um dos traços mais divertidos entre o grande escritor e o escritor vulgar é a frase estreme." (JOSÉ OITICICA, Manual  de Estilo, Livraria Francisco Alves, 1959, p.11).

A conjunção "posto que", ao contrário do que muitos atualmente vêm sustentando, expressa ideia ((A PALAVRA IDEIA PELA NOVA GRAMÁTICA NÃO SE ACENTUA MAIS, ASSIM COMO A PALAVRA ASSEMBLEIA TAMBÉM PERDEU O ACENTO )) de "concessão", "permissão", e equivale a "embora", "ainda que", "se bem que". Seu desatento emprego em lugar de "uma vez que", apesar de frequente hoje, é inadequado porque a referida conjunção NÃO indica relação de Causa/consequência.
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A expressão INOBSTANTE é uma corruptela, ou seja, foi corrompida... o que existe é: "não obstante", "malgrado", "a despeito de". São articuladores concessivos, e significam "APESAR DE"


CONQUANTO É DIFERENTE DE PORQUANTO

Concessivo                                         causal/explicativo
=                                                         =
embora                                                tem sentido de porque

-___-

Em que pese # uma vez que

concessivo       causal ou explicativo
apesar de         tem sentido de porque


-__-

à medida que # na medida em que

proporcional    articulador de causa

(à proporção    já que/visto que
que)

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O uso dos porquês é um assunto muito discutido e traz muitas dúvidas. Com a análise a seguir, pretendemos esclarecer o emprego dos porquês para que não haja mais imprecisão a respeito desse assunto.

Por que
O por que tem dois empregos diferenciados:

Quando for a junção da preposição por + pronome interrogativo ou indefinido que, possuirá o significado de “por qual razão” ou “por qual motivo”:

Exemplos: Por que você não vai ao cinema? (por qual razão)
Não sei por que não quero ir. (por qual motivo)

Quando for a junção da preposição por + pronome relativo que, possuirá o significado de “pelo qual” e poderá ter as flexões: pela qual, pelos quais, pelas quais.

Exemplo: Sei bem por que motivo permaneci neste lugar. (pelo qual)

Por quê
Quando vier antes de um ponto, seja final, interrogativo, exclamação, o por quêdeverá vir acentuado e continuará com o significado de “por qual motivo”, “por qual razão”.

Exemplos: Vocês não comeram tudo? Por quê?Andar cinco quilômetros, por quê? Vamos de carro.

Porque
É conjunção causal ou explicativa, com valor aproximado de “pois”, “uma vez que”, “para que”.

Exemplos: Não fui ao cinema porque tenho que estudar para a prova. (pois)
Não vá fazer intrigas porque prejudicará você mesmo. (uma vez que)

Porquê
É substantivo e tem significado de “o motivo”, “a razão”. Vem acompanhado de artigo, pronome, adjetivo ou numeral.

Exemplos: O porquê de não estar conversando é porque quero estar concentrada. (motivo)
Diga-me um porquê para não fazer o que devo. (uma razão)
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As roupas fazem parte da nossa identidade e refletem o momento em que vivemos. Por isso, lembra João Braga, professor de história da moda da Faap, em São Paulo, é possível entender o pensamento de uma era ou cultura por meio de uma forma de produção material. Itens tirados do guarda-roupa expressam um padrão estético, mas também uma mentalidade e uma forma de expressão traduzidas em verbo. Por isso, os sutiãs encontrados no calabouço austríaco não são apenas referência dos hábitos, gostos e padrão de beleza de 600 anos atrás. Eles "dizem" mais do que mostram.

- As roupas têm a capacidade de decifrar códigos e mensagens que, ainda que não verbalizadas, estão sendo passadas adiante - afirma Braga.

A ideia não é nova. Foi defendida, por exemplo, pelo sociólogo, semiólogo e filósofo francês Roland Barthes, em Sistema da Moda (Martins Fontes, 2009), publicado originalmente em 1967 na França. No clássico obrigatório do ramo, o autor faz análise semântica, a partir do estudo da imprensa da época, sobre como as pessoas atribuem sentido, a partir das palavras, àquilo que vestem.

- É um texto visual que articula as narratividades dos indivíduos nos grupos sociais a que pertencem. A imagem reflete o que nós somos, o nosso estilo de vida - explica Jo Souza, professora na Universidade Anhembi Morumbi, coordenadora da pós-graduação em comunicação e cultura de moda do Centro Universitário Belas Artes (SP), e professora de cursos de moda na Escola Panamericana de Arte e na Escola São Paulo.


Jo observa que, em um dado momento da história, a moda serviu para ostentar poder, valores e crenças, mas isso evoluiu nas décadas de 1970 e 80, até fazer a indumentária tornar-se um espelho de grupos sociais. Atualmente, a roupa é uma das principais formas não verbais de o indivíduo destacar-se dos demais. Dá pistas do grupo de falantes ao qual você pertence e tem um código de conduta que se adapta às situações: não se vai a um casamento em trajes de banho, assim como não se fala com um ministro usando gírias e palavras chulas.

- A moda tem uma gramática própria e controla a direção do olhar assim como a direção da leitura, comunica com cores, texturas, trabalha e articula linguagem visual sobre o corpo - compara Kathia Castilho, presidente da Associação Brasileira de Estudos e Pesquisas de Moda e professora de semiótica e moda na Belas Artes.

Mais do que isso, a moda traduz em visual muitos conceitos verbais. Exemplo clássico disso é o "sutiã cone" criado pelo estilista francês Jean Paul Gaultier para a turnê de Madonna que trabalhava com o tema erotismo - em uma simples mudança no formato do bojo, o designer expressou aquilo de que a cantora falava em suas músicas.
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